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Você já se perguntou por que momentos de tranquilidade, tão desejados, podem gerar um desconforto inesperado? Para muitas pessoas, o corpo e o cérebro, acostumados a operar sob estresse constante, interpretam a calma como algo fora do comum. Esse desconforto não é um sinal de algo errado com você, mas sim de um padrão que pode ser transformado.
Neste artigo, vamos explorar como o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA), a neuroplasticidade e a Terapia do Esquema explicam essa sensação — e como você pode reprogramar seu cérebro para transformar a tranquilidade no seu novo estado natural.
O eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) é a via responsável por coordenar a resposta do corpo ao estresse. Embora essencial em situações de perigo, sua hiperativação no dia a dia pode levar a uma série de reações emocionais e comportamentais que impactam profundamente a qualidade de vida.
Hipotálamo: Detecta o estresse e libera CRH (hormônio liberador de corticotropina).
Hipófise: Recebe o sinal e libera ACTH (hormônio adrenocorticotrófico).
Adrenais: Liberam cortisol, conhecido como o “hormônio do estresse”.
Muitas vezes, as pessoas vivenciam os impactos do estresse crônico sem perceber sua verdadeira origem. Em busca de diagnósticos físicos, ignoram que o estresse pode ser o principal culpado.
“O estresse crônico causa alterações profundas no cérebro e no corpo, criando um estado de alerta constante que dificulta a adaptação à tranquilidade.” – Sapolsky (2004)
Muitas vezes, as pessoas vivenciam os impactos do estresse crônico sem perceber que ele é a raiz dos problemas. Elas podem buscar explicações físicas, como desregulações hormonais ou problemas cardíacos, enquanto o verdadeiro culpado é o estresse prolongado. Aqui estão exemplos de como isso pode se manifestar:
Marta, 38 anos, acreditava sofrer de problemas metabólicos ou hormonais devido ao cansaço extremo e à dificuldade de relaxar. Durante a terapia, descobriu que seu eixo HHA estava hiperativado, mantendo seu corpo em alerta constante. Com práticas de mindfulness e regulação emocional, Marta conseguiu reverter esse padrão. Hoje, ela relata:
“É incrível finalmente brincar com meus filhos sem aquela irritação constante. Descobri que a paz é possível.”
A neuroplasticidade é a prova científica de que o cérebro pode ser reprogramado. Norman Doidge (2007) descreve como práticas consistentes criam novas conexões neurais, transformando padrões desadaptativos em respostas mais saudáveis.
Norman Doidge (2007), em The Brain That Changes Itself, explica que práticas consistentes, como mindfulness e reforço positivo, promovem novas conexões neurais, permitindo que o cérebro seja literalmente reprogramado. Na Terapia do Esquema, isso se traduz no desenvolvimento de modos adaptativos e no fortalecimento do Adulto Saudável.
Na Terapia do Esquema, os modos são estados emocionais e comportamentais que ativamos em diferentes situações. Modos disfuncionais, como o Criança Vulnerável, podem manter o indivíduo preso a padrões de medo, insegurança ou estresse constante. No entanto, a neuroplasticidade comprova que esses padrões não são permanentes.
Quando práticas terapêuticas ajudam a ativar e reforçar o Modo Adulto Saudável, novas conexões neurais são formadas, permitindo que o indivíduo reaja de maneira mais adaptativa às adversidades.
Jeffrey Young et al. (2003) destacam que a Terapia do Esquema combina intervenções cognitivas, emocionais e comportamentais para ressignificar esquemas desadaptativos e criar modos mais saudáveis. Aqui estão algumas estratégias práticas:
Na Terapia do Esquema, os modos desadaptativos podem manter o indivíduo preso a estados de alerta, como o Criança Vulnerável ou o Crítico Punitivo. Com o uso de práticas terapêuticas, o Adulto Saudável é fortalecido, permitindo que novas conexões neurais sejam criadas.
Doidge (2007) reforça que o cérebro pode ser reprogramado para padrões mais saudáveis por meio de práticas consistentes, como a exposição gradual à tranquilidade e o reforço positivo.
Mariana, 45 anos, buscou terapia relatando uma dificuldade em lidar com momentos de tranquilidade. A sensação constante de “estar esquecendo algo” era atribuída ao Crítico Punitivo, enquanto o medo de não conseguir relaxar estava ligado ao Criança Vulnerável. Durante a terapia:
Hoje, Mariana relata: “É incrível perceber como consigo criar momentos de paz sem aquela sensação de que algo está errado. Finalmente sinto que a tranquilidade é minha aliada.”
“Doidge (2007) reforça que o cérebro pode ser reprogramado para padrões mais saudáveis por meio de práticas consistentes, como a exposição gradual à tranquilidade e o reforço positivo.”
Jeffrey Young, criador da Terapia do Esquema, explica que padrões emocionais desadaptativos (ou “esquemas”) são formados na infância ou em momentos significativos da vida e atuam como “lentes” que moldam a forma como percebemos o mundo e a nós mesmos. Quando esses esquemas não são identificados e ressignificados, eles perpetuam estados de alerta constante e dificultam a experiência de paz.
Esquemas como o de privação emocional ou hipervigilância se refletem em comportamentos e sensações que muitas vezes o indivíduo não reconhece como desadaptativos. Veja como isso pode acontecer:
Esses padrões frequentemente levam o indivíduo a justificar suas experiências com explicações externas (“as pessoas não se importam comigo” ou “eu não posso relaxar porque algo pode dar errado”), sem perceber que essas crenças são reflexos dos esquemas desadaptativos.
Young et al. (2003) destacam que a Terapia do Esquema ajuda a:
Ao trabalhar os esquemas desadaptativos, a Terapia do Esquema ativa a neuroplasticidade do cérebro, promovendo mudanças duradouras. Cada vez que um esquema é desafiado e substituído por uma resposta do Adulto Saudável, novos caminhos neurais são criados, fortalecendo comportamentos e emoções mais equilibrados.
Paula, 36 anos, chegou à terapia relatando uma sensação constante de vazio nos relacionamentos. Durante as sessões, identificamos o esquema de privação emocional, formado na infância, quando suas necessidades emocionais eram frequentemente ignoradas.
Hoje, Paula relata: “Eu consigo me conectar com as pessoas de forma mais genuína, e isso me traz uma paz que nunca imaginei ser possível.”
A Terapia do Esquema, em conjunto com a neuroplasticidade, oferece um caminho comprovado para romper ciclos de esquemas desadaptativos e construir modos saudáveis. Reconhecer e ressignificar esses padrões permite que a paz e o equilíbrio emocional se tornem parte da vida de forma autêntica.
Exercícios de Mindfulness
Jon Kabat-Zinn (1990), em Full Catastrophe Living, descreve como a atenção plena reduz a ativação do eixo HHA. Práticas como respiração consciente e meditação regular ajudam a criar um estado de calma duradouro.
“Kabat-Zinn (1990) destaca que práticas de mindfulness regulam a ativação do eixo HHA, promovendo o relaxamento e a resiliência emocional.”
Ana, uma de minhas pacientes, sentia-se desconfortável na tranquilidade, acostumada a operar em um estado de alerta constante. Com a combinação de mindfulness e Terapia do Esquema, ela gradualmente reprogramou seu cérebro. Hoje, Ana diz com orgulho: “Estou me acostumando com a tranquilidade, e isso me faz sentir mais conectada comigo mesma, que louco, nunca imaginei que diria isso.”
Transformar a tranquilidade em um estado natural é um processo que exige autoconhecimento e dedicação. Ao compreender como o eixo HHA e a neuroplasticidade moldam sua experiência, você pode adotar ferramentas práticas para criar uma base emocional mais equilibrada. A paz está ao seu alcance — tudo começa com um primeiro passo.
Cientificamente Embasado Este artigo utiliza conceitos baseados em pesquisas de renome, como a Teoria do Esquema de Jeffrey Young, os estudos sobre neuroplasticidade de Norman Doidge e as práticas de mindfulness de Jon Kabat-Zinn. Essas abordagens, respaldadas pela neurociência e psicologia baseada em evidências, oferecem soluções eficazes para transformar sua relação com o estresse e a tranquilidade.
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